Conhela os mitos e verdades sobre o tanquinho de lavar roupa — Foto: Foto: Reprodução/Mercado Livre
Entre as vantagens reais e as limitações ignoradas, esse tipo de lavadora é cercado por dúvidas, exageros e certezas sem fundamento: veja o que faz sentido e o que não faz
Para quem ainda associa o tanquinho de lavar roupa a um eletrodoméstico ultrapassado ou “primo pobre” da lavadora automática, vale rever essa ideia. Enquanto uns juram que o tanquinho estraga as roupas, outros dizem que ele mal consegue lavar uma calça jeans. Há ainda quem aposte que o aparelho estraga fácil, consome demais e está com os dias contados. No entanto, com tanta mudança no design, materiais de construção e funcionalidades, boa parte do que se diz por aí já não faz mais sentido — ou nunca fez.
É por isso que o TechTudo preparou uma análise direta — e sem rodeios — desvendando quatro mitos e quatro verdades sobre o tanquinho, com explicações práticas e alinhadas ao uso no dia a dia. Nos tópicos, você vai entender o que realmente limita o uso do aparelho, o que é falácia e o que, de fato, se confirma na prática. A ideia é simples: separar o que ainda se sustenta daquilo que ficou no passado, com base no que realmente importa. Confira!
Parte 1: quatro mitos sobre o tanquinho ❌
- Danifica as roupas
- Não lava roupas pesadas
- Estraga rápido
- É obsoleto e não compensa
❌ Mito 1: danifica as roupas
Essa é uma das ideias mais repetidas e, paradoxalmente, a que tem menos fundamento. O argumento de que o tanquinho “chacoalha demais” ou “bate muito forte” parece plausível à primeira vista, mas ignora alguns pontos intrínsecos do funcionamento do aparelho. Primeiro, o tanquinho não tem o mesmo sistema de agitação das lavadoras com eixo central. Assim, seu movimento de turbilhonamento é mais suave, parecido com uma lavagem manual. Seus giros dependem diretamente da quantidade de água e da carga de roupas.
Falando em carga de roupa, este é o segundo ponto sobre o eletrodoméstico: muitos danos atribuídos ao tanquinho têm mais a ver com erros de uso do que com o aparelho em si. Claro, o tanquinho não é indicado para todos os casos. Tecidos muito finos ou que precisam de centrifugação, por exemplo, devem ser lavados com mais cuidado. Mas isso não significa que ele destrói o que toca. Na prática, excesso de roupas, tempo de lavagem acima do recomendado ou falta de divisórias para as peças delicadas são os verdadeiros vilões da história.
❌ Mito 2: não lava roupas pesadas
Muita gente acha que o tanquinho é só para roupas leves e pequenas. Na verdade, ele é bastante eficiente para peças volumosas e pesadas, como jeans, cobertores e tapetes. A limitação existe, mas não é tão dramática quanto se imagina. O segredo está na quantidade e na distribuição da carga. Roupas muito pesadas, quando colocadas em excesso, podem dificultar a movimentação interna e reduzir a eficiência da lavagem. Mas, em volumes moderados, o tanquinho dá conta sim. Inclusive, diversos modelos têm capacidade entre 10, 15 e até mesmo 20 kg, suficientes para lidar com lençóis, cobertores leves e até mesmo roupas de banho.
❌ Mito 3: estraga rápido
Essa ideia está mais ligada à expectativa do consumidor do que ao produto em si. Um tanquinho pode, sim, ter uma vida útil curta — mas isso geralmente acontece por uso inadequado, limpeza irregular ou falta de manutenção periódica. Ao mesmo tempo, os modelos mais modernos contam com componentes plásticos reforçados, proteção contra respingos e motores mais eficientes, o que amplia bastante a durabilidade.
❌ Mito 4: é obsoleto e não compensa
Apesar de ser um equipamento mais simples, o tanquinho não está ultrapassado. Se fosse verdade, ele não continuaria sendo produzido, atualizado e vendido em larga escala. Aliás, já é possível encontrar com muita facilidade modelos com timer, programas de lavagem e sistema de reaproveitamento de água. Essas evoluções mostram que o aparelho não parou no tempo, apenas se aperfeiçoou de forma diferente. Logo, para quem entende o funcionamento, incluindo as vantagens e as desvantagens, e sabe o que esperar, o tanquinho ainda compensa, sim.
Parte 2: quatro verdades sobre o tanquinho ✅
- Tem preço mais acessível
- Ocupa pouco espaço
- Gasta menos energia
- Exige trabalho manual
✅ Verdade 1: tem preço mais acessível
Aqui não tem erro: o tanquinho é, de longe, uma das opções mais baratas do mercado. Para comparação, uma máquina de lavar tradicional de 10 kg custa em torno de R$ 1.500 a R$ 2.000; já os tanquinhos, cerca de R$ 500. Mesmo modelos com maior capacidade e recursos adicionais custam consideravelmente menos do que uma lavadora automática básica.
Além disso, o custo-benefício do tanquinho envolve outras vantagens: manutenção mais barata, menor consumo elétrico e ausência de componentes eletrônicos sofisticados, que geralmente encarecem o reparo. Em especial, essas vantagens são importantes para famílias que contam comlimitações orçamentárias para bancar eventuais imprevistos, ou para quem está iniciando uma vida sozinho e precisa priorizar gastos.
✅ Verdade 2: ocupa pouco espaço
O tanquinho é compacto por natureza. A ausência de componentes como bomba de drenagem, tambor interno com suspensão e sistema de centrifugação faz com que ele tenha um formato enxuto. Para se ter uma ideia, muitos modelos têm entre 50 e 70 cm de largura.
Um tanquinho de 10 kggeralmente tem cerca de 96 cm de altura, 48,5 cm de largura e 49,3 cm de profundidade, enquanto um modelo de 12 kg pode ter aproximadamente 94 cm de altura, 51 cm de largura e 56 cm de profundidade. Isso o torna uma opção viável para quem vive em apartamentos pequenos ou quer manter a lavanderia mais organizada. Inclusive, por ser naturalmente leve, é fácil instalá-lo em varandas, lavanderias improvisadas e até mesmo em sacadas fechadas.
✅ Verdade 3: gasta menos energia
Outro fato é que o tanquinho consome menos energia elétricado que as máquinas de lavar tradicionais. Isso acontece porque ele não possui motores complexos para ciclos de centrifugação, aquecimento de água ou múltiplas funções programadas. A lógica é simples: o aparelho funciona com ciclos curtos e diretos, geralmente entre 15 e 30 minutos, com agitação feita por um batedor mecânico e nada mais. A estrutura mais “enxuta” faz com que ele consuma menos por operação.
Adicionalmente, como sua potência varia entre 300 e 500 Watts, o impacto na conta de luz é significativamente menor. E quando se combina isso com o reaproveitamento de água, o ganho é duplo: menos gasto elétrico e menor desperdício hídrico.
✅ Verdade 4: exige trabalho manual
Para quem busca praticidade total, a exigência de trabalho manual do tanquinho também é verdade, infelizmente. Por ser básico, o aparelho exige encher, drenar e, muitas vezes, controlar o tempo de lavagem, além de fazer o enxágue manualmente. Como também não há centrifugação, é necessário torcer as roupas na mão ou usar um centrífuga à parte. Para quem busca praticidade dia a dia, isso pode ser um empecilho.
Por fim, vale considerar o contexto: esse trabalho adicional vem acompanhado de economia e maior controle sobre o processo de lavagem. Em muitos casos, é justamente essa intervenção que evita danos às roupas delicadas, desperdícios de produtos ou lavagens mal feitas. No fim das contas, o tanquinho entrega menos tecnologia, mas exige mais presença.
Com informações de Mueller e Consul