Já se vão mais de 30 dias desde a última vez que o torcedor do CRB teve motivo para sorrir. Desde a vitória por 2 a 0 contra o Goiás, no dia 14 de junho, o time mergulhou em uma espiral de derrotas que tem cobrado caro. Nesta quinta-feira (17), o Galo volta a campo contra o Operário-PR, às 19h30, no Germano Krüger, no Paraná, em um confronto que tem mais peso emocional do que posição na tabela.
A Série B não perdoa tropeços em sequência — e o CRB sentiu isso na pele. Foram quatro derrotas seguidas, queda livre na classificação e um futebol que não consegue se encontrar. A defesa, que já foi segura, agora vacila. O ataque, antes incisivo, perdeu o brilho. Com 21 pontos e ocupando apenas o 11º lugar, o time que flertava com o G-4 se vê hoje obrigado a reconstruir a própria confiança.
O problema, no entanto, não está só nos números. Está também na cabeça. Vencer longe de casa virou um desafio quase psicológico: já são mais de três meses sem conquistar um único ponto fora de Maceió. A última vitória como visitante foi ainda na segunda rodada, contra o Athletic.
Em Ponta Grossa, o CRB não joga apenas contra o Operário. Joga contra o peso das próprias dúvidas. Contra a pressão da torcida. Contra a urgência de reencontrar o bom futebol antes que o segundo turno chegue com o time desfigurado.
É o tipo de jogo que, se vencido, pode significar uma virada de chave. Mas se perdido, pode aprofundar a crise.
