Marina Candia e a nova política de influência: o poder que nasce fora das urnas

Ela não tem cargo eletivo, não ocupa gabinete e tampouco participou de disputas eleitorais. Ainda assim, Marina Candia, primeira-dama de Maceió, já é tratada como um dos principais nomes da política digital brasileira. O reconhecimento veio com números: Marina entrou para a lista dos 100 políticos mais influentes do Brasil no Instagram, segundo levantamento da MonitoraBR e da Zeeng Social Media Benchmarking.

O dado não é apenas estatístico — é um sinal dos tempos. A política brasileira vive uma virada silenciosa, em que a influência nas redes sociais passa a ser tão estratégica quanto os palanques. Marina é reflexo disso. Atuando com destaque em ações sociais da Prefeitura de Maceió, ela transformou o papel tradicional de primeira-dama em plataforma de visibilidade e engajamento.

Mais do que estar na lista, o que impressiona é o contexto: Marina tem ocupado espaços e narrativas antes dominados por figuras com mandato. Sem cargo oficial, ela já é vista como nome certo na disputa municipal de 2026, como possível candidata do prefeito João Henrique Caldas (PL), seu marido. Não por acaso, JHC também integra o ranking — ele é, aliás, um dos principais símbolos dessa política digital, com trajetória construída a partir da conexão direta com o eleitor via redes sociais.

O modelo JHC, que começou como deputado estadual e chegou à prefeitura com campanhas fortemente ancoradas no Instagram e Facebook, agora parece ter encontrado continuidade na figura de Marina. A aposta na comunicação direta, no conteúdo visual bem planejado e na exposição de bastidores da gestão tem surtido efeito.

Outro nome alagoano presente na lista dos mais influentes é o deputado estadual Leonam Rodrigues, reforçando o movimento: há uma nova geração de políticos — e aspirantes — moldando seu capital político não apenas em discursos, mas em algoritmos.

Marina Candia talvez não tenha ainda um slogan de campanha, mas já tem o que muitos políticos buscam por anos: atenção, empatia e seguidores fiéis. Em tempos em que “influenciar” pode ser o primeiro passo para governar, ela está claramente um passo à frente.

 

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