Risco de retorno: Brasil acende alerta contra o sarampo e reforça vacinação nas fronteiras

Mesmo com a conquista histórica de ter sido considerado livre do sarampo desde o final de 2024, o Brasil enfrenta agora uma nova ameaça: a possível perda dessa certificação. O motivo é o avanço de novos surtos da doença em países vizinhos e em outras partes do mundo, o que aumenta o risco de reintrodução do vírus em território nacional.

Preocupado com essa possibilidade, o Ministério da Saúde intensificou campanhas de vacinação e ações preventivas, principalmente nas áreas de fronteira – onde a circulação internacional pode facilitar o contágio. A prioridade é manter o Brasil protegido e a população imunizada.

Especialistas alertam que o sarampo é uma doença extremamente contagiosa e pode se espalhar de forma rápida em locais com baixa cobertura vacinal. O médico infectologista Eduardo Medeiros explica como o vírus pode ser transmitido com facilidade, mesmo sem contato direto com pessoas doentes:

“É uma doença de altíssima transmissibilidade. Ela se transmite através de gotículas, de secreções, e por via aérea, através de aerossóis. Pequenas partículas podem ficar suspensas no ar, e você não precisa ter contato direto com um doente com sarampo. Você pode adquirir o sarampo estando dentro do ambiente onde um indivíduo esteja desenvolvendo a doença.”

A vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, continua sendo a principal aliada no combate à doença. Mas manter o país com status de “área livre do sarampo” depende da adesão da população aos esquemas vacinais. Para o diretor do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti, esse é um desafio constante:

“Ter o país certificado contra o sarampo, como área livre do sarampo, é um grande desafio, porque, agora, a gente precisa manter essa certificação.”

Entre os sintomas do sarampo estão febre alta, manchas avermelhadas na pele, tosse seca, irritação nos olhos e, em casos mais graves, complicações respiratórias. A doença tem maior índice de letalidade entre crianças pequenas e pessoas com o sistema imunológico comprometido.

Diante desse cenário, autoridades de saúde reforçam: vacinar é um ato coletivo de proteção. Em tempos de surtos globais, manter o Brasil imune é responsabilidade de todos.

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