A Braskem comunicou oficialmente à Gás de Alagoas S.A. (Algás) que vai encerrar, em janeiro de 2026, as atividades da Unidade de Cloro Sódio (UCS), localizada no Pontal da Barra, em Maceió.
Diante da informação, a Algás agendou para 15 de agosto uma reunião interna para avaliar riscos e possíveis impactos do fechamento para a companhia, que é controlada em 51% pelo Governo de Alagoas. O presidente da empresa, José Ediberto de Omena, determinou ainda a elaboração de um estudo técnico sobre o assunto, que será apresentado na mesma data.
A UCS funciona desde 1976 e está diretamente ligada à exploração de sal-gema na capital alagoana — atividade que ficou no centro da crise ambiental que levou à evacuação de bairros inteiros. Após um acordo firmado com a Algás, a Braskem indenizou a empresa em R$ 20 milhões pela desativação, em dezembro de 2023, de um gasoduto de aço de 7,4 km e uma rede de polietileno de alta densidade de 6,4 km nas áreas afetadas. Para compensar a perda, a Algás inaugurou, em julho de 2024, 18 quilômetros de nova rede de distribuição.
O encerramento das operações ocorre em meio a novas discussões sobre os impactos ambientais da exploração de sal-gema. No último dia 8 de agosto, o defensor público Ricardo Melro apresentou um relatório internacional que detalha as consequências urbanas e ambientais dessa atividade em Maceió nas últimas décadas.
