Caso Felca expõe exploração infantil na internet e leva influenciadores à prisão A denúncia do influenciador Felca sobre a sexualização de crianças nas redes sociais, feita em 6 de agosto, desencadeou repercussão nacional e resultou na prisão preventiva de Hytalo Santos e do marido, Israel Nata Vicente, nesta sexta-feira (15), na Paraíba. Ambos são investigados pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho(MPT) por exploração e “adultização” de menores.
Segundo a ONG SaferNet, só no primeiro semestre de 2025 foram registradas 28 mil notificações de pornografia infantil, número que disparou após as denúncias. O superintendente da Childhood Brasil, Itamar Gonçalves, alerta que o ambiente virtual ampliou as formas de violência: “As redes potencializaram os abusos contra crianças”.
Especialistas lembram que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) já prevê pena de 4 a 8 anos para quem produzir ou divulgar material sexual envolvendo menores, inclusive em ambiente digital. Para o juiz que decretou a prisão, há indícios de crimes como tráfico de pessoas, agravado pelo envolvimento de crianças.
Apesar da gravidade, manifestações em São Paulo pediram a liberdade do influenciador. Psicólogos alertam que a exposição precoce não pode ser confundida com consentimento. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Disque 100, na SaferNet, conselhos tutelares e no aplicativo Sabe.
Fonte: Metrópoles