O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou, nesta sexta-feira (29), que deseja ser candidato à Presidência da República se seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, não puder concorrer em 2026. Atualmente nos Estados Unidos, o parlamentar mencionou a possibilidade de realizar uma “campanha virtual” se necessário.
Ele também não descartou a possibilidade de sair do Partido Liberal (PL) caso o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se filie à sigla. “Se o Tarcísio vier para o PL, o que vai acontecer? Eu não terei espaço. Eu teria que ir para outro partido”, afirmou em entrevista.
O deputado explicou que a tecnologia permite que ele exerça o mandato à distância, e que enviou um ofício à Câmara pedindo para trabalhar remotamente dos EUA, alegando ser vítima de “perseguição política”. Ele disse que cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta, decidir o que fazer.
Sanções
Eduardo Bolsonaro é alvo de um inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) que apura a prática de crime contra a soberania nacional por suas articulações contra o Judiciário brasileiro. Ele confirmou que sua proposta original a Donald Trump era de sanções individuais contra o ministro Alexandre de Moraes, mas que Trump optou por aplicar tarifas de 50% aos produtos brasileiros.
“Ele optou por fazer as tarifas. Eu confio no presidente Trump, acho que ele tem muito mais experiência nesse ponto do que eu e ele entendeu que existia um aparato financeiro que dá suporte ao regime e preferiu começar as pressões a partir dali”, declarou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, defendeu a cassação do mandato de Eduardo. “É extremamente necessário cassar o Eduardo Bolsonaro porque ele vai passar para a história como o maior traidor da história desse país”, disse. O Conselho de Ética da Câmara já recebeu quatro representações contra o deputado por quebra de decoro parlamentar.
Fonte – Política Alagoana
