O ditador venezuelano Nicolás Maduro reagiu nesta terça-feira (19) ao envio de navios de guerra dos Estados Unidos para a costa da Venezuela. Em discurso transmitido pela TV durante encontro com governadores e prefeitos, declarou que “nenhum império tocará o solo sagrado da Venezuela”,*, ao lado do ministro da Justiça, Diosdado Cabello.
A reação veio após a Reuters noticiar que três destróieres americanos da classe Arleigh Burke devem se aproximar do país nesta semana. As embarcações, equipadas com sistemas antimísseis Aegis e mísseis de ataque, integram operação que, segundo Washington, visa combater cartéis de drogas na América Latina.
No mesmo dia, a Casa Branca endureceu o tom. A porta-voz Karoline Leavitt afirmou que os EUA estão prontos para usar “toda a força” contra o regime chavista. “O presidente [Donald Trump] está preparado para impedir que as drogas inundem nosso país e levar os responsáveis à Justiça. O regime de Maduro não é legítimo — é um cartel narcoterrorista”, disse.
Diante da escalada, Caracas anunciou a suspensão por 30 dias, prorrogáveis, de atividades envolvendo aeronaves, incluindo drones, para “salvaguardar a segurança” nacional.
A medida remete a 2018, quando explosões de drones ocorreram durante ato de Maduro. Além disso, o líder chavista informou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em todo o país como resposta às “ameaças” americanas.
No campo internacional, os EUA dobraram neste mês de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões (R$ 273,1 milhões) a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro, acusado de narcotráfico e considerado ameaça à segurança americana. O episódio marca novo capítulo de tensão nas já deterioradas relações entre Caracas e Washington, com reflexos na estabilidade regional.
Fonte : Política Alagoana