Mulher que seguiu casal com bebê em shopping de Maceió é presa por stalking; entenda o caso

Uma mulher de 51 anos foi presa em flagrante após abordar insistentemente um casal com um bebê de sete meses dentro de um shopping no bairro de Cruz das Almas, em Maceió, na tarde do último domingo (3). A princípio, o caso foi interpretado como uma tentativa de sequestro, mas a Polícia Civil descartou essa hipótese e a autuou por stalking — crime de perseguição — com agravante por envolvimento de uma criança.

De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), os pais relataram que a mulher passou a segui-los pelo shopping e tentou se aproximar do bebê em diversas ocasiões, mesmo após terem deixado claro que não queriam qualquer interação. Em determinado momento, ela teria tentado pegar a criança nos braços. Assustados, os pais pediram ajuda à segurança do estabelecimento, que conteve a suspeita até a chegada da Polícia Militar.

A mulher foi levada para a Central de Flagrantes, onde foi ouvida pelo delegado de plantão, Eliel Tavares. Após analisar os relatos e as circunstâncias, o delegado decidiu não autuá-la por tentativa de sequestro, mas por stalking, crime previsto no artigo 147-A do Código Penal, incluído pela Lei 14.132/2021.

O dispositivo legal define o crime como “perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade”. A pena é de seis meses a dois anos de reclusão, além de multa, podendo ser aumentada pela metade quando a vítima for criança, adolescente ou idoso.

Ainda segundo a SSP, a mulher apresentou sinais de confusão mental e entrou em contradição durante o depoimento. Ela alegou sofrer de problemas psicológicos, mas não apresentou laudos médicos no momento da autuação. A detenção será mantida até o pagamento de fiança.

O caso segue sob investigação. A polícia pretende ouvir testemunhas e avaliar a necessidade de exames psiquiátricos. A família da criança passa bem, mas ficou abalada com a situação.

Apesar da comoção, a Polícia Civil reforça que a análise técnica descartou qualquer intenção clara de subtração da criança, o que justificou o afastamento da hipótese de sequestro.

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