O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil deve adotar uma postura de negociação com os Estados Unidos após o aumento de 50% nas tarifas sobre grande parte das exportações brasileiras. Em um evento em São Paulo, Alckmin destacou que não há justificativa econômica para essa medida e que o foco agora deve ser no diálogo para reduzir as taxas, ajudar os setores mais afetados e buscar novos mercados. “É hora de “acalmar os ânimos” com os Estados Unidos e apostar na intensificação das negociações com a Casa Branca”, ressaltou Geraldo.
Alckmin ressaltou a importância da parceria entre Brasil e EUA, que já dura mais de 200 anos. Ele mencionou que os Estados Unidos são o maior investidor no Brasil e o segundo maior parceiro comercial do país, com quase 4 mil empresas americanas operando por aqui. O vice-presidente criticou a tarifa de 50%, dizendo que ela não faz sentido, já que a média de tarifas de importação do Brasil é de 2,7%. A medida, implementada a pedido de Donald Trump, foi justificada pela Casa Branca como uma resposta a uma suposta “perseguição política” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe.
Estratégia do governo para mitigar os impactos
Para combater os efeitos do “tarifaço”, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a Medida Provisória (MP) “Brasil Soberano”. O pacote, que precisa ser aprovado pelo Congresso em 120 dias, oferece um auxílio “focado e transitório” aos setores prejudicados. Entre as ações previstas estão:
- Linhas de crédito: serão disponibilizados R$ 30 bilhões para pequenos produtores.
- Facilidades: simplificação de processos de licitação para compras governamentais.
- Benefícios: medidas tributárias para ajudar empresas a reduzir perdas.
Alckmin reconheceu a gravidade da situação para setores que dependem fortemente do mercado americano, mas reforçou que o objetivo é proteger os empregos e as empresas brasileiras.
Fonte : política Alagoana