Polícia Federal (PF)concluiu que o pen drive apreendido no banheiro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 18 de julho, continha uma grande quantidade de documentos apagados, mas nenhum material considerado relevante foi recuperado.
O dispositivo foi encontrado durante a operação que impôs a tornozeleira eletrônica ao ex-presidente e resultou ainda na apreensão de anotações, petições e comprovantes de transações bancárias ligadas a Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Dentro do pen drive, restaram apenas catálogos em PDF da empresa Medicalfix, de Santa Rita do Passa Quatro (SP), especializada em equipamentos médicos e odontológicos.
A empresa tem como sócio o dentista Mário Roberto Perussi, amigo pessoal de Jair e Eduardo, que se reuniu com eles em agosto de 2024. A PF apurou que os arquivos foram gravados no dispositivo um dia antes desse encontro. Apesar de verificar contratos da Medicalfix, a corporação não encontrou vínculos com União ou estados, apenas com o município onde está sediada. Por não se enquadrar no escopo do inquérito, o material não entrou no relatório final, mas segue apreendido.
Na mesma operação, a PF localizou no porta-luvas de um carro de Bolsonaro anotações manuscritas sobre a delação de Mauro Cid. Os rabiscos sugerem possíveis estratégias de defesa e fazem referência a reuniões, autoridades, pressões por decretos e até menções a “plano de fuga”. Apesar disso, também não foram incluídos no inquérito de coação .
fonte : Metrópoles
