Em mais um capítulo da pressão internacional pela paz na Ucrânia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a Rússia enfrentará “consequências severas” caso o presidente Vladimir Putin rejeite um cessar-fogo na reunião que os dois terão na próxima sexta-feira (15), no Alasca.
A declaração foi feita após uma videoconferência com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e líderes europeus. No encontro virtual, Zelensky afirmou acreditar que Putin “está blefando” sobre a possibilidade de encerrar os combates.
Sem detalhar quais seriam as medidas punitivas, Trump deixou claro que a paciência dos EUA chegou ao limite. Ele ainda admitiu a possibilidade de uma nova rodada de negociações, com participação de Zelensky, caso o primeiro encontro com Putin apresente avanços concretos.
A postura do republicano foi endossada por aliados. O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que Trump assegurou que qualquer decisão sobre o território ucraniano caberá exclusivamente a Kiev. Já o chanceler alemão, Friedrich Merz, destacou que o americano concordou com a necessidade de seguir uma sequência clara: cessar-fogo imediato, seguido de negociações para um acordo de paz duradouro.
Com o encontro no Alasca se aproximando, cresce a expectativa — e também a pressão — para que as conversas resultem, pela primeira vez em meses, em um passo real para encerrar o conflito.