O ativista conservador norte-americano Charlie Kirk, conhecido por seu apoio a Donald Trump, foi assassinado nessa quarta-feira (10) durante um evento na Universidade Utah Valley, no estado de Utah, nos Estados Unidos.
Pouco mais de quatro meses antes do crime, em 27 de março, Kirk havia feito duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, após a Corte aceitar a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Em seu programa, The Charlie Kirk Show, ele classificou a decisão como uma “tentativa de golpe judicial” e chegou a defender que os Estados Unidos impusessem tarifas ou até sanções ao Brasil em resposta.
“O Departamento de Estado dos EUA, Marco Rubio e o presidente Trump deveriam impor tarifas e, se necessário, sanções ao Brasil por esse tipo de comportamento imprudente e imoral”, relatou Charlie.
O que aconteceu?
O ativista de direita e aliado Trump, Charlie Kirk, morreu após ser baleado nessa quarta-feira (10) durante um evento na Universidade Utah Valley, em Utah.
Kirk participava de uma turnê com pelo menos 14 eventos programados em campi universitários pelo país neste outono. Testemunhas relataram que um indivíduo atirou de um prédio a cerca de 180 metros de distância.
Kirk, de 31 anos, era uma das vozes mais influentes do conservadorismo americano, sendo responsável pela fundação da Turning Point USA em 2012. A organização mobiliza estudantes, promove líderes estudantis e leva palestrantes conservadores em universidades do país.
Charlie Kirk, ativista conservador norte-americano e aliado de Donald Trump, fez duras críticas ao sistema judicial brasileiro meses antes de ser assassinado. Em seu programa, The Charlie Kirk Show, ele afirmou que Jair Bolsonaro “venceu em todas as partes do país, exceto nos cantos mais pobres, mais criminais e mais corruptos do país, o Nordeste, onde o candidato de esquerda Lula da Silva venceu”.
Kirk também acusou o Judiciário brasileiro de exercer um poder desproporcional, superior ao dos juízes nos Estados Unidos. Segundo ele, procuradores e juízes no Brasil estariam impondo uma espécie de censura, com restrições à liberdade de expressão em plataformas como o X (antigo Twitter). Ele criticou duramente o julgamento de Bolsonaro por suposta tentativa de golpe, afirmando que os EUA não deveriam tolerar essa situação.
Para o ativista, a intenção seria prender o ex-presidente brasileiro para transformá-lo em mártir. “A esquerda acredita na democracia, supostamente”, ironizou. Kirk ainda comparou os ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, com a invasão ao Capitólio, nos EUA, em 6 de janeiro de 2021.
Bolsonaro
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar, nesta quinta-feira (11/9), o julgamento que pode resultar na condenação ou absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus acusados de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado. A sessão está prevista para começar às 14h (horário de Brasília).
Até o momento, o placar está em 2 a 1 a favor da condenação: os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram nesse sentido, enquanto Luiz Fux divergiu, defendendo a absolvição da maioria dos acusados. Os votos que faltam são os da ministra Cármen Lúcia e do presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin.
Fonte – Política Alagoana