A decisão do governo dos Estados Unidos de retirar as punições impostas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e à esposa dele, por meio da Lei Magnitsky, pode esvaziar o projeto do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA.
Em território norte-americano desde meados de março de 2025, Eduardo vinha mantendo diálogo com auxiliares do governo Trump para buscar sanções contra autoridades brasileiras. A atuação de Eduardo tornou-se alvo de um inquérito que o tornou réu do STF por coação no curso da ação penal 2668, na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado por tentativa de golpe de Estado.
Relator do caso, Moraes considerou no julgamento que havia prova da materialidade e indícios suficientes de autoria nas condutas de Eduardo – que, nos Estados Unidos, teria atuado para que sanções fossem impostas a autoridades brasileiras e tarifas fossem aplicadas contra o Brasil.
Em julho, Eduardo conseguiu que o governo Trump aplicasse a Lei Magnitsky e depois a suspensão do vistos de algumas autoridades brasileiras. Juntamente com o blogueiro Paulo Figueiredo, Eduardo Bolsonaro se colocava como a “ponte” entre Brasil e Estados Unidos.
No entanto, nos últimos meses a relação entre os presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump tem se estreitado. Desde a “aproximação” entre os dois líderes, os EUA já voltaram atrás na taxação de alguns produtos brasileiro e, nessa sexta-feira, ocorreu a derrubada de sanções a autoridades do Brasil.
Fonte : Política Alagoana

