O veto do presidente Lula ao projeto que aumentaria o número de deputados federais caiu como uma bomba na política estadual. Com a decisão, Alagoas perde três cadeiras na Assembleia Legislativa já para a próxima eleição. O clima nos bastidores é de puro nervosismo — e não é pra menos.
De 27 parlamentares, a Casa de Tavares Bastos passará a contar com apenas 24. Isso muda tudo. Menos vagas significa mais disputa, mais tensão e, inevitavelmente, mais derrotas internas. Os grupos políticos tradicionais terão que cortar na própria carne. Vai faltar cadeira para tanto cacique.
A pergunta que não quer calar: quem vai sair do tabuleiro?
Alguns nomes já estão no radar. Bruno Toledo, por exemplo, tem avisado a aliados que não pretende disputar mais um mandato. Carla Dantas também pode abrir espaço para outro nome da família. E Breno Albuquerque, segundo vozes internas, estaria inclinado a deixar a corrida antes mesmo de ela começar.
Há ainda os casos de “herança política”, como o do médico José Wanderley, que prepara a passagem da faixa para o filho, Hugo Wanderley. É a velha prática da transferência de poder dentro do mesmo núcleo familiar — o sobrenome vale mais que o voto popular?
Mas o jogo está longe de definido. A queda de cadeiras acirra rivalidades e deve provocar traições, acordos relâmpago e mudanças de última hora. Quem hoje parece firme no cargo pode, amanhã, ser deixado de lado por falta de espaço.
A verdade é uma só: o veto presidencial bagunçou a estratégia de 2026 antes mesmo que ela começasse oficialmente. E, no atual cenário, nem mesmo quem está com mandato garantido pode dormir tranquilo.
A disputa, agora, é por sobrevivência política. E a cada movimento, alguém pode cair.