Frigorífico de Goiânia lança “picanha Trump” e volta a usar política como vitrine

Conhecido por promoções polêmicas durante o período eleitoral de 2022, um frigorífico de Goiânia voltou aos holofotes nesta semana ao anunciar cortes de carne personalizados com nomes de figuras da política internacional — com destaque para a “picanha Trump”, em homenagem ao ex-presidente dos Estados Unidos e atual pré-candidato à Casa Branca.

A ação também incluiu menções ao presidente argentino Javier Milei e a Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo, mas foi a peça com o nome de Donald Trump que mais repercutiu nas redes sociais. A publicação foi feita nos perfis oficiais do estabelecimento, que já teve o cantor Gusttavo Lima como sócio. Em uma das postagens, o jingle de campanha de Marçal toca ao fundo, ao lado da vitrine de carnes.

O frigorífico ficou nacionalmente conhecido em 2022, ao vender picanha por R$ 22 durante o segundo turno das eleições presidenciais. A oferta, exclusiva para quem usasse camisa da Seleção Brasileira — um símbolo da campanha bolsonarista —, acabou sendo proibida pela Justiça de Goiás, que classificou a ação como potencial abuso de poder econômico em um momento decisivo do processo eleitoral.

A promoção causou tumulto e terminou de forma trágica: uma mulher morreu durante a confusão. Posteriormente, uma fiscalização do Procon encontrou carnes vencidas e sem identificação de validade no local. O estabelecimento foi autuado.

Agora, com a “picanha Trump”, o frigorífico retoma a fórmula de marketing que mistura política e provocação, e reacende o debate sobre o uso de símbolos eleitorais no comércio. Críticos apontam oportunismo e exploração de tensões ideológicas, enquanto apoiadores encaram a iniciativa como uma “homenagem” a nomes que representam uma visão de mundo conservadora.

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