No Brasil, 20 milhões de pessoas estão conduzindo motos ou automóveis sem ter a carteira de habilitação. Em Alagoas, pelo menos 200 mil pessoas estão na mesma situação. O perfil de quem desafia as leis do trânsito é praticamente o mesmo: gente que precisa trabalhar e não tem dinheiro para pagar até R$ 3 mil para tirar a CNH.
Essa realidade pode mudar com programas sociais, a exemplo do CNH do Trabalhador, em Alagoas, que vai garantir o documento de graça para 3,5 mil pessoas este ano. A demanda reprimida, no entanto, é muito maior. A redução do valor da carteira pode ser outra alternativa para garantir que mais motoristas saiam da ilegalidade no Estado e no país.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, está articulando um projeto que pode mudar de forma radical o processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Brasil. A proposta prevê o fim da obrigatoriedade das aulas em autoescolas para as categorias A (motos) e B (carros), permitindo que os candidatos estudem por conta própria, com materiais online ou auxílio de familiares, e façam apenas as provas teórica e prática no Detran.
Com a mudança, o custo da habilitação, que hoje pode chegar a R$ 3 mil em Alagoas, cairia para menos de R$ 1 mil, sendo estimado entre R$ 600 e R$ 800. Trata-se de uma redução de até 80%, inspirada em modelos adotados em países como Estados Unidos e Inglaterra. As autoescolas continuariam funcionando, mas como opção para quem preferir o ensino tradicional.
Fonte : Política alagoana