O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou ao ministro Cristiano Zanin que adicione mais um dia de sessões para o julgamento de Jair Bolsonaro e de outros sete réus pela tentativa de golpe. O julgamento, que teve início em 2 de setembro, estava previsto para durar três dias, mas Moraes pediu que a sessão de 11 de setembro seja incluída no calendário, além das já agendadas para os dias 9, 10 e 12.
A Primeira Turma do STF, composta por Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino, é a responsável por julgar o caso. As sessões foram convocadas por Zanin e acontecerão em formato presencial. Os ministros podem decidir pela absolvição ou condenação dos réus. Caso algum deles peça vista, o julgamento será suspenso por até 90 dias.
Bolsonaro e seus aliados são acusados de participar de uma trama golpista que visava impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e mantê-lo no poder após as eleições de 2022. Entre os réus estão o ex-ministro Braga Netto e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que é delator do caso. A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta Bolsonaro como o líder do grupo.
O grupo de réus inclui nomes importantes do governo de Bolsonaro, como os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos. Cada um é acusado de ter tido um papel específico na tentativa de subverter o processo democrático, desde a disseminação de notícias falsas até a elaboração de minutas de decretos golpistas.
Fonte – Política Alagoana